A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA – ELA – ou “doença do neurônio motor”, não tem cura e dispõe de um tratamento multidisciplinar.
Doença rara, neurodegenerativa e progressiva, a ELA tem o pico de incidência próximo dos 60 anos de idade. A ELA provoca a morte dos neurônios motores, células que fazem a conexão entre o que a pessoa quer movimentar e o músculo que executa a ação.
“É uma doença que carece muito de novos tratamentos e novas medicações que possam não só ajudar a estender a sobrevida, mas também a melhorar a qualidade de vida do paciente”, avalia o Dr Luiz Carlos Coral. Segundo ele, existem no mundo diversas pesquisas clínicas que visam a aumentar a vida do paciente, mas nada é conclusivo.
O paciente com ELA tem uma perda progressiva da movimentação e normalmente vai a óbito, por falência respiratória, geralmente depois que está acamado, sem movimento de pernas e braços. De acordo com o especialista, depois que os sintomas aparecem, é frequente que a sobrevida seja de 3 anos a 5 anos.
Os primeiros sintomas da doença são perda de força muscular, câimbras e fasciculações (espécie de tremor involuntário). Os últimos levantamentos e pesquisas, apontam que no Brasil, a cada 100 mil pessoas, uma tem ELA. Em relação a homens e mulheres, os homens têm 1,2 vez mais chance de desenvolver a doença. Em 90% dos casos de ELA não se sabe porque ela se manifestou, nos outros 10% foi percebido um caráter hereditário.
O paciente demora de seis meses a 11 meses pra ter o diagnóstico. “Quanto antes o paciente for diagnosticado melhor é a qualidade de vida dele, porque ele vai conseguir fazer uma adaptação melhor aos cuidados de que vai precisar”, explica o Dr Coral.
Medicamentos como relaxantes musculares podem retardar a ELA e reduzir o desconforto, mas o médico ressalta que atualmente o principal tratamento de que o paciente com ELA dispõe é o cuidado multidisciplinar, com fisioterapeuta, nutricionistas e assistentes sociais. “Muitas vezes o paciente vai começar a se comunicar apenas com os olhos, é importante ter uma assistência para que ele consiga se adaptar a essa nova condição”.
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Dr Luiz Carlos Coral
Neurologista
CRM 1845
RQE 34
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